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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Papéis profissionais de uma equipe de saúde: visão de seus integrantes

ARTIGO  ACRECENTADO ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES..
   
Papéis profissionais de uma equipe de saúde: visão de seus integrantes                                                                                                                    

   

Sandra Regina da Costa Saar; Maria Auxiliadora Trevizan
BLOG; SAÚDE E VIDA; PORNBOM!, Enfermeira, Militar R/R, Doutor em Enfermagem,
Enfermeira, Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Pesquisador 1A do CNPq.

 A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação e o uso de tabaco. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como uma porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). 


RESUMO
Fundamentado na teoria de papéis, este estudo buscou investigar a visão que os profissionais de uma equipe de saúde têm a respeito do papel desempenhado por seus companheiros de equipe. Entrevistou-se 39 profissionais de saúde: 1 nutricionista, 2 psicólogos, 2 enfermeiros, 3 fisioterapeutas, 4 farmacêuticos, 10 dentistas, e 17 médicos. Os resultados indicaram que os informantes consideram que o trabalho em equipe divide a responsabilidade, aliviando o estresse; é uma forma de aprendizado; indicam também que as expectativas quanto aos papéis profissionais não são claras e que a maioria dos informantes tem pouco conhecimento a respeito do papel profissional dos companheiros de equipe. Os papéis profissionais descritos com mais clareza foram os de médico, enfermeiro e farmacêutico. O mais obscuro é o do psicólogo.
Descritores: equipe de assistência ao paciente; papel profissional; saúde



INTRODUÇÃO
Na tentativa de resgatar historicamente a origem da equipe de saúde como se conhece hoje, retrocede-se no tempo e consegue-se delinear três modelos de "equipe de saúde" que atuavam a partir do século XVIII. Cada um com características distintas, mas com algo de similar: a preocupação com o estado de saúde da população.
Ressalta-se que o autor não menciona o termo "equipe de saúde", mas, ao descrever as etapas de formação da medicina social, possibilita a visão de uma equipe que trabalha em prol ou em nome da saúde. São elas, como indicadas.
- Medicina de Estado, desenvolvida na Alemanha no começo do século XVIII, sobre a qual se pode delinear uma "equipe de saúde" constituída por médicos, organização administrativa central que supervisionava e dirigia o trabalho médico e funcionários médicos nomeados pelo governo.
- Medicina Urbana, desenvolvida na França, nos fins do século XVIII, na qual se pode vislumbrar uma "equipe de saúde" constituída por médicos, químicos e físicos.
- Medicina da Força de Trabalho, desenvolvida na Inglaterra, no segundo terço do século XIX, sobre a qual se delineia uma "equipe de saúde" constituída por médicos que se ocupavam dos pobres, médicos que se ocupavam de problemas gerais como as epidemias e médicos privados que se ocupavam de quem os podia pagar.
Verificou-se que é no século XVIII, com o surgimento do Hospital, como local de cura e não mais como morredouro e com a medicalização e disciplinarização do espaço hospitalar, que se pode visualizar o surgimento da "equipe de saúde", termo mais familiar, hoje em dia. Essa "equipe de saúde" está presente no ritual da visita médica, que é seguida por toda a hierarquia do hospital, qual seja, assistentes, alunos, enfermeiras e outros. Considerar-se-á que, a partir desse evento, a equipe de saúde se constituiu.
Essas modalidades de "equipes de saúde" descritas guardam poucas semelhanças com as equipes de saúde com as quais se convive hoje. É mais familiar ver uma equipe constituída por médicos, enfermeiros, outros profissionais da enfermagem, psicólogos, nutricionistas, dentistas, fisioterapeutas, farmacêuticos e assistentes sociais, comumente denominada equipe multiprofissional ou interdisciplinar de saúde.
A multiprofissionalidade é considerada uma estratégia que orienta e possibilita a realização de assistência integral. Erroneamente, confunde-se com interdisciplinaridade. A primeira retrata uma justaposição de diversas disciplinas e cada profissional atuará de acordo com o seu saber especializado; o processo terapêutico é fragmentado. A segunda implica na interação entre duas ou mais disciplinas, sendo que essa interação se reflete na integração de conceitos-chave, na epistemologia e na organização da pesquisa e do ensino.
Os primeiros trabalhos multiprofissionais surgiram nas décadas de 1930/40 e estavam ligados à área de saúde mental. Na década de 1960 houve incremento quantitativo na força de trabalho em saúde. Esses fatos decorreram de proposta de humanização da atenção ao doente mental, do aumento da demanda por serviço de saúde e da incorporação de tecnologias cada vez mais complexas.
Para realizar o presente estudo, partiu-se de alguns pressupostos, quais sejam o indivíduo desempenha inúmeros papéis no sistema social em que está inserido, dentre esses encontram-se os papéis profissionais; o papel que um indivíduo desempenha é delineado de acordo com os papéis desempenhados pelos outros presentes no sistema social de referência; a definição da situação representada por um determinado participante é parte integral de uma representação alimentada e mantida pela cooperação de mais de um participante da equipe; cada um dos participantes desse grupo ou equipe dá sua própria definição do papel que desempenha; a equipe é um grupo de indivíduos que cooperam na realização de uma rotina particular, de uma tarefa; há vínculo de dependência recíproca unindo os membros da mesma equipe aos outros.
Considerando esses pressupostos, buscou-se investigar a visão que os profissionais de uma equipe de saúde têm a respeito do papel desempenhado por seus companheiros de equipe.

METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste estudo seguiu-se os preceitos da abordagem qualitativa e adotou-se para análise dos dados o referencial da Análise do Discurso.
A investigação empírica foi realizada em uma organização militar de Minas Gerais, especificamente em seu hospital o qual é considerado de pequeno porte e conta com os serviços de clínicas médicas, clínicas cirúrgicas, enfermagem, odontologia, psicologia, farmácia, fisioterapia, laboratório e nutrição, bem como os serviços de apoio e de administração.
Ressalta-se que os dados só foram coletados após obtenção de aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, do consentimento da direção da referida organização militar e dos informantes.
Entrevistou-se trinta e nove profissionais de saúde assim distribuídos: 1 nutricionista, 2 psicólogos, 2 enfermeiros, 3 fisioterapeutas, 4 farmacêuticos, 10 dentistas, e 17 médicos (aproximadamente 80% dos profissionais de saúde lotados no hospital). Mediante consentimento dos informantes, gravou-se as entrevistas e, após transcrição, procedeu-se à análise dos dados. Para garantir o anonimato dos informantes estes foram identificados com um código alfanumérico composto pelas letras iniciais da profissão seguida do número de ordem da entrevista.

RESULTADOS
O exame dos dados possibilitou a construção de 3 categorias de análise. São elas: trabalho em equipepercepção dos papéis profissionais e equipe multiprofissional, esta com duas subcategorias: como é vista e expectativas.
Trabalho em equipe
O trabalho em equipe é considerado importante, porém, difícil. É visto como uma maneira de dividir as responsabilidades e de se alcançar mais rapidamente a recuperação da saúde do paciente. Essa visão é justificada com o fato de que cada profissional tem uma percepção diferente da situação, e a "união" das diferentes percepções facilita a compreensão do todo, permitindo vislumbrar o paciente na sua totalidade. Requer entrosamento a fim de se evitar tropeços e (re)trabalho. O trabalho em equipe é considerado como uma fonte de aprendizado, por permitir o contato com outras experiências através do diálogo profissional e das discussões de casos. O que pode ser ilustrado com a fala a seguir.
No trabalho em equipe você amplia seus conhecimentos, você pode tirar dúvidas, [...] a gente vai trabalhando com pessoas de outras áreas você melhora seu diagnóstico, seu poder de visão como um todo do paciente é melhor.
Percepção dos papéis profissionais
Todos os informantes visualizam papéis diferenciados para os integrantes da equipe de saúde. Alegaram que é difícil essa definição quando há número insuficiente de profissionais. Razões diferentes foram apontadas para essa diferenciação e se resumem em: existência de hierarquia, existência de leis que regulamentam as profissões e a impossibilidade de se conhecer tudo sobre tudo, daí surgirem os papéis complementares. Evidenciou-se, na fala dos informantes, uma imagem de discriminação/desqualificação dos demais profissionais por parte dos médicos.
Eu vejo assim, talvez seja até antiético eu estar falando, eu vejo uma discriminação muito grande por parte do médico com relação ao restante do pessoal de branco, ou seja, da área da saúde.
O papel do farmacêutico
O papel do farmacêutico foi claramente delimitado em três áreas de atuação: gerência, bioquímica e farmácia propriamente dita. Há maior expectativa, por parte de médicos, enfermeiros e dentistas, quanto à orientação e esclarecimentos de efeitos colaterais e interações medicamentosas. A atuação como bioquímico aparece em segundo lugar como a mais desejada, sendo o auxílio no diagnóstico clínico apontado como justificativa. A gerência é caracterizada pela responsabilidade, creditada pelos informantes, pela aquisição, controle e distribuição de medicamentos e material médico-hospitalar. Outra área citada como sendo de competência do farmacêutico diz respeito à Comissão de Controle de Infecções Hospitalares, contudo, não foram explicitadas as atividades que seriam por ele desempenhadas. Compete, aqui, relatar que um dos informantes considera o farmacêutico desnecessário na equipe de saúde. Segundo ele, o bioquímico é quem tem papel imprescindível
... eu não consigo enxergar a necessidade de um farmacêutico numa equipe multidisciplinar não. O papel de um bioquímico eu acho que é importante, para poder ajudar a gente no suporte de alguns exames complementares. Sobre o farmacêutico eu não consigo enxergar papel importante para ele não.
Alguns informantes afirmaram que, embora conseguissem visualizar as atividades dos farmacêuticos na farmácia e no laboratório, não tinham clareza quanto ao seu papel.
Papel do médico
O médico é visto como o profissional "porta de entrada" do paciente, ou seja, recebe-o, faz o diagnóstico clínico, elabora o plano terapêutico e faz os encaminhamentos necessários. Os informantes estabeleceram como papel principal do médico o diagnóstico clínico. Quanto ao tratamento, existem algumas divergências: a maioria dos informantes o considera de responsabilidade do médico, mas executado conjuntamente com outros profissionais; outros consideram que o tratamento é uma ação complementar dos diferentes profissionais e cada um terá sua responsabilidade sobre ele.
O médico é visto também como coordenador da atuação da equipe de saúde, sendo responsável por orientar e supervisionar o trabalho dos demais profissionais. Ele foi definido também como profissional de pouca visão, preconceituoso, resistente ao trabalho em equipe, centralizador das ações, "o todo poderoso".
Olha o médico é treinado para ser da forma como ele é. [...] os médicos mais antigos têm muita resistência de trabalhar em equipe, [...] As pessoas que já se formaram há mais tempo têm muito preconceito. [...] elas se sentem realmente superiores.
Papel do dentista
A imagem construída do dentista na equipe não é nítida. Ele é percebido como "tratador de dentes" e como profissional tecnicamente capaz de diagnosticar e tratar patologias bucais com repercussões sistêmicas, sendo responsável, portanto, por diagnósticos diferenciais importantes dos quais foi citado, com certa freqüência, o câncer de boca. A referência quanto à sua participação na equipe de saúde oscila entre insignificante e dispensável a fundamental e imprescindível. A maioria dos informantes considera o trabalho do dentista de cunho ambulatorial, isolado da equipe de saúde.
O dentista me parece assim muito dado a questões próprias da odontologia. Me parece um setor muito próprio, vejo pouca articulação com o restante dos profissionais de saúde.
Foi verbalizado pelos informantes um processo de mudança na atuação dos dentistas, decorrente da estratégia do Programa de Saúde da Família que, de certa forma, tem contribuído para integrá-lo à equipe.
Papel do psicólogo
O psicólogo é considerado importante para a composição da equipe de saúde, mas sua atuação não foi claramente definida.
O próprio nome já diz, a parte mais subjetiva, psicológica e ele é mais generalista, não foca só num aspecto, ele vê o paciente como todo, eu acho.
A maioria dos informantes verbaliza que cabe ao psicólogo dar apoio emocional ao paciente, à família e à equipe. Apenas um informante fez referência à atuação do psicólogo como profissional capaz de diagnosticar, estabelecer e conduzir um plano terapêutico. Alguns dos informantes, ao descreverem o papel deste profissional, relataram ações vinculadas à resolução de problemas socioeconômicos dos pacientes e respectivas famílias, desconsiderando a existência do assistente social.
... tem o seu papel bem destacado no que ele tem trabalhado, quanto ao apoio psicológico, assistência social, quanto à orientação.
Papel do fisioterapeuta
A atividade de reabilitação foi a mais citada. Esta foi dividida em reabilitação motora, reabilitação respiratória e reabilitação social; ou seja, reintegração do paciente ao meio social ao qual pertence. Alguns informantes assinalaram que o papel do fisioterapeuta é de coadjuvante do trabalho médico.
Eu acho que é um papel de coadjuvante. [...] Mas a gente trabalha como coadjuvante sim.
Outros o percebem como um profissional capaz de promover a saúde, diagnosticar e tratar patologias que envolvem os diferentes sistemas orgânicos, limitando o indivíduo em suas ações cotidianas. Dois dos informantes fizeram referência ao fato de que os fisioterapeutas, de maneira geral, preferem o trabalho ambulatorial e pouco interagem com a equipe de saúde.
Papel do nutricionista
Os discursos evidenciaram que auxiliar na dieta dos pacientes e profissionais é a função principal do nutricionista. A avaliação nutricional e a educação alimentar foram as outras descrições do papel do nutricionista. O nutricionista foi considerado um profissional que depende do médico para atuar e é visto como coadjuvante do trabalho desse profissional.
Orientações a respeito de dieta, sugestão com relação a prescrição da dieta. [...] quando ele prescreve uma dieta, essa dieta primeiro tem que passar pelo crivo do médico.
Ele é percebido como pouco participativo, mas é considerado importante para a equipe de saúde. Dois dos informantes mencionaram que, além da nutrição clínica, o nutricionista tem papel importante na área da indústria de alimentos. Um dos informantes considera o nutricionista o único profissional capaz de elaborar cardápios saudáveis e adequados às necessidades individuais dos pacientes, sem que esses onerem o orçamento hospitalar ou doméstico.
Papel do enfermeiro
Os informantes têm uma visão múltipla a esse respeito. Atribuem ao enfermeiro ações no campo administrativo, no campo assistencial e no campo educacional. O papel administrativo do enfermeiro foi o mais citado pelos informantes. As funções administrativas foram subdivididas em três áreas de atuação: processo de trabalho, ambiente institucional e equipe de saúde. As ações descritas dizem respeito à provisão de recursos para que os atos de saúde se realizem, à manutenção de equipamentos, à organização e à limpeza das unidades assistenciais, além de ações de interação com todos os membros da equipe de saúde, quer seja providenciando o necessário para o cuidado ao paciente, quer seja como agente detentor de informações.
Os informantes delinearam duas maneiras de os enfermeiros agirem quando assistem o paciente, verbalizando que o enfermeiro tem ações diretas, exemplificando-as com procedimentos invasivos mais complexos e ações indiretas, citando como exemplo a supervisão dos cuidados prestados.
Quanto à atividade educativa, os informantes explicitaram que o enfermeiro é responsável por treinar os demais membros da equipe de enfermagem, orientando-os tecnicamente, repassando-lhes conhecimentos necessários para a realização dos procedimentos e treinando-os para o serviço e em serviço.
A equipe multiprofissional
Como é vista
Indicou-se anteriormente que os informantes consideram o trabalho em equipe importante e uma fonte de aprendizado. A imagem que se construiu, aqui, da equipe a partir de suas falas é a de "um quebra-cabeças" no qual as peças se encaixam "perfeitamente" e o produto final retrata um todo complexo.
Os informantes fizeram referência ao fato de que nem todos os profissionais conhecem o papel, a função ou a competência de seus colegas de equipe. Mencionaram uma disputa pelo poder e também um medo de perder espaço e status profissional, bem como a existência de "feudos" profissionais difíceis de penetrar. Assinalaram que essa dificuldade é decorrente do precário diálogo entre os profissionais, o que dificulta as inter-relações entre os membros da equipe e indicam a falta de espaço adequado para realização de reuniões ou encontros.
Os informantes citaram distanciamento maior do profissional médico dos demais profissionais da equipe, referindo que esse, comumente se coloca em um pedestal, o que dificulta a aproximação. Atribuíram às Universidades a responsabilidade pelo desconhecimento dos distintos papéis profissionais e pelo escasso entrosamento da equipe, uma vez que a academia não promove atividades conjuntas/integradas durante o processo de formação. Eles também mencionaram que quando uma situação foge à rotina de trabalho, ou seja, quando acontece "algo errado", há um jogo de empurra quanto à responsabilidade pelo ocorrido.
As expectativas
Os profissionais entrevistados mostraram-se desejosos de que haja melhor definição de propósitos para o trabalho e melhor entrosamento entre os membros da equipe. Que cada profissional faça a sua parte e que todos os integrantes da equipe se tornem capazes de ouvir e respeitar o outro.
Eles pensam que, quando se conhece bem o que se faz e o que o outro faz, há melhor desempenho, o que proporciona melhoria da atenção dada ao paciente. Afirmam que o contato diário entre os membros da equipe tende a melhorar as inter-relações e a diminuir a sobrecarga e o estresse do trabalho.
Emergiu dos discursos a existência, por parte de alguns profissionais, de dependência do médico para a tomada de decisões. Os médicos, por sua vez, colocam-se como o centro decisório e puxam para si a supervisão do trabalho dos outros profissionais.

DISCUSSÃO
Alguns autores se dedicaram ao estudo do tema em questão. Um desses dedicou-se especificamente ao estudo do atendimento multiprofissional ao paciente hipertenso, apontando uma definição clara do papel exercido por cada profissional, dada pela própria especificidade de cada um e referindo que algumas das ações dentro da equipe são óbvias. Neste estudo, constatou-se o oposto: os membros da equipe de saúde conhecem pouco sobre os papéis profissionais de seus companheiros de equipe. Tal fato evidencia que não se tem expectativas claras quanto ao que cada profissional deva/possa fazer nessa equipe e nem clareza quanto à maneira como um profissional poderia complementar o trabalho do outro.
O entrosamento entre os membros de uma equipe tem relação direta com as metas da instituição na qual trabalham e com o tipo de tarefa que se propõem desenvolver. É essa relação que "define" os objetivos e os obstáculos com os quais a equipe se depara.
A equipe aqui investigada está inserida em uma organização militar. Inferiu-se que o contexto comum a essas instituições (hierarquia, priorização das atividades militares) possa ter influenciado nos dados obtidos, embora todos os entrevistados exercessem também atividades em outras organizações de saúde.
Ficou evidente que, dentre os profissionais da equipe multidisciplinar, o que tem seu papel delimitado de forma mais clara é o médico. A seguir, aparecem o enfermeiro e o farmacêutico. O psicólogo é o profissional cujo papel é o mais "obscuro". Foi referido seu apoio ao paciente e à família durante a internação, bem como à equipe. Contudo, não fica explícito nas falas como esse apoio ocorre e qual seu significado.
Apesar de o enfermeiro ser o segundo profissional com o papel melhor delimitado, há por parte dos sujeitos uma série de expectativas em torno de seu papel. Os médicos, em especial, esperam que ele se dedique mais ao cuidado, mas afirmam que ele é imprescindível na administração.
Constatou-se que, embora considerados membros da equipe de saúde, os dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos foram apontados como muito distantes da equipe, por desenvolverem seu trabalho, na maior parte do tempo, em nível ambulatorial. O fato leva a pensar que o trabalho em equipe, na perspectiva dos informantes, se restringe ao cotidiano hospitalar. Ressalta-se que apenas três deles ampliaram sua visão para além dos hospitais. A situação evidencia e reforça uma prática de atenção à saúde hospitalocêntrica centrada num modelo biológico-curativo de intervenção terapêutica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vivenciou-se um momento em que a interdisciplinaridade é discutida e apontada como panacéia para os "desencontros do mundo atual". No entanto, os dados deste trabalho levam a indagar como desenvolver a interdisciplinaridade se no cotidiano de trabalho há desconhecimento sobre o que e como as disciplinas se complementam. Como se pode praticar a interdisciplinaridade se se desconhece o papel profissional de cada membro da equipe?
Concordamos que "a interdisciplinaridade só obtém êxito como forma de conhecimento e prática científica na medida em que a disciplina utilizadora (e igualmente, o sujeito que a pratica) se apropria da disciplina utilizada, passando rigorosamente por dentro da sua problemática".
Nesse sentido a interdisciplinaridade representa toda atividade desenvolvida e vivenciada a partir de distintos enfoques, integrando diferentes conteúdos e convergindo-os para determinado objetivo. Em outras palavras, abrange um fenômeno que deve ser analisado sob a ótica de diversos ramos do conhecimento de tal forma que os vários profissionais envolvidos o visualizam na sua totalidade.
Verificou-se que, mais uma vez, a dicotomia teoria/prática ficou evidente. O discurso acadêmico é o interdisciplinar, mas, no mundo do trabalho é a disciplinaridade quem reina (são os "feudos" das especialidades que prevalecem). Neste estudo foi possível verificar que é a própria academia, através de seu processo formador, quem perpetua a prática disciplinar. Explora-se pouco as atividades conjuntas, e quando essas ocorrem não possibilitam aos participantes perceber a importância do papel profissional desempenhado pelos diferentes membros e sua ligação com o seu próprio papel.
A aproximação que se faz da visão que os integrantes da equipe de saúde têm de seus companheiros foi rápida e restringiu-se a um único local de prática. Portanto, tem seus limites. Pensa-se que trabalhos semelhantes, que envolvam um maior número de informantes, devem ser desenvolvidos. Talvez, os mesmos possam subsidiar a construção de uma prática de saúde verdadeiramente em equipe.   saúde e vida abril,04. 2019

terça-feira, 5 de março de 2019

Maxila e Mandíbula Arquitetura e topografia alvéolo-dental


Maxila e Mandíbula
Arquitetura e topografia
alvéolo-dental




   O osso maxila se articula com vários outros ossos, no processo frontal ele vai se articular com o osso nasal, osso lacrimal, osso zigomático, olhando na região inferior da maxila, encontra-se duas suturas; a sutura palatina mediana e a sutura palatina transversa, a maxila tem alguns acidentes anatômicos o primeiro e o processo frontal da maxila, a margem infra orbital, o processo zigomático ele vai ser articulado com a maxila, também se encontra o forame infra orbital, onde passa o nervo e a artéria infra orbital, encontra-se a espinha nasal anterior, as eminencias velares que são as voltas a baixo do forame, temos também a foça canina, dentro da orbita óssea tem uma fissura  orbital inferior onde vai passar o nervo maxilar, há também o canal lacrimo nasal onde fica o sacro lacrimal e depois passa pelo ducto lacrimal drenando lagrima para dentro do nariz, olhando numa vista lateral encontra-se os forames alveolares, ainda na parte inferior tem o processo palatino do maxilar e nele tem o forame incisivo nele passa o nervo naso palatino.
    A mandíbula tem duas partes o ramo e o corpo, no ramo da parte superior tem o processo candilar que se divide em duas partes cabeça da mandíbula e o colo da mandíbula na face medial tem-se a fóvea pterigoidea e onde se insere o musculo pterigoideo lateral, no processo coroide vai ser a inserção do musculo temporal descendo no ramo da mandíbula encontra se a tuberosidade masseterica que é a inserção do musculo masseter a mandíbula e tem um ângulo em v, há também a linha obliqua que vai descer até o forame mentual  onde vai sair o nervo mentual é os vasos mentuais a protuberância mentual  e eminencia veolares próximo aos dentes formado pelos alvéolos, na visão medial há alguns  acidentes anatômicos o primeiro e mais visível de todos é o forame mandibular onde ira passar o nervo Avelar  inferior e vasos avelares inferiores  onde irar entrar e passar pelo canal mandibular, há também a lingula da mandíbula em outra parte encontra-se o sulco milo Ihódeo, logo a baixo há a fóvea submandibular e ao lado a fóvea sublingual, na região anterior tem a espinha geniana e a baixo tem fossa digástrica. 
O sistema alveolar envolve o estudo da anatomia dos dentes e seus devidos lugares na região do maxilar e mandíbula, sendo assim composto por alvelo dental ou seja a raiz do dente, esponjosa alveolar é o osso esponjoso que se localiza no centro, no seu interior e composto por septo interalveolar, na tabua óssea vestibular se localiza na região externa do osso, já a tabua óssea lingual se encontra no interior próximo aos O osso maxila se articula com vários outros ossos, no processo frontal ele vai se articular com o osso nasal, osso lacrimal, osso zigomático, olhando na região inferior da maxila, encontra-se duas suturas; a sutura palatina mediana e a sutura palatina transversa, a maxila tem alguns acidentes anatômicos o primeiro e o processo frontal da maxila, a margem infra orbital, o processo zigomático ele vai ser articulado com a maxila, também se encontra o forame infra orbital, onde passa o nervo e a artéria infra orbital, encontra-se a espinha nasal anterior, as eminencias velares que são as voltas a baixo do forame, temos também a foça canina, dentro da orbita óssea tem uma fissura  orbital inferior onde vai passar o nervo maxilar, há também o canal lacrimo nasal onde fica o sacro lacrimal e depois passa pelo ducto lacrimal drenando lagrima para dentro do nariz, olhando numa vista lateral encontra-se os forames alveolares, ainda na parte inferior tem o processo palatino do maxilar e nele tem o forame incisivo nele passa o nervo naso palatino.
A mandíbula tem duas partes o ramo e o corpo, no ramo da parte superior tem o processo candilar que se divide em duas partes cabeça da mandíbula e o colo da mandíbula na face medial tem-se a fóvea pterigoidea e onde se insere o musculo pterigoideo lateral, no processo coroide vai ser a inserção do musculo temporal descendo no ramo da mandíbula encontra se a tuberosidade masseterica que é a inserção do musculo masseter a mandíbula e tem um ângulo em v, há também a linha obliqua que vai descer até o forame mentual  onde vai sair o nervo mentual é os vasos mentuais a protuberância mentual  e eminencia veolares próximo aos dentes formado pelos alvéolos, na visão medial há alguns  acidentes anatômicos o primeiro e mais visível de todos é o forame mandibular onde ira passar o nervo Avelar  inferior e vasos avelares inferiores  onde irar entrar e passar pelo canal mandibular, há também a lingula da mandíbula em outra parte encontra-se o sulco milo Ihódeo, logo a baixo há a fóvea submandibular e ao lado a fóvea sublingual, na região anterior tem a espinha geniana e a baixo tem fossa digástrica. 
O sistema alveolar envolve o estudo da anatomia dos dentes e seus devidos lugares na região do maxilar e mandíbula, sendo assim composto por alvelo dental ou seja a raiz do dente, esponjosa alveolar é o osso esponjoso que se localiza no centro, no seu interior e composto por septo interalveolar, na tabua óssea vestibular se localiza na região externa do osso, já a tabua óssea lingual se encontra no interior próximo aos dentes, há o cortical lingual, todos eles compõe o sistema dentário.

domingo, 10 de junho de 2018

O QUE FAZER COM PESSOA NO ESTADO DE CHOQUE


Estado de choque









O choque acontece quando o fluxo de oxigênio para as células do corpo diminui ou para por completo. Ele vai aumentando gradativamente e causando danos nos 


tecidos de acordo com sua extensão, até o momento em que o coração não recebe oxigênio suficiente e para de bater, causando a morte.

Esta emergência pode ter diversas causas: grande perda de sangue, infarto, aceleração do coração, queimaduras graves, traumatismos de crânio, tórax e abdômen, envenenamentos, afogamento, choque elétrico, picadas de animais venenosos, mudança brusca de temperatura e infecção. Se a vítima apresentar algum dos sintomas abaixo, é necessário agir rapidamente, principalmente para tentar evitar que ela entre em choque.

Como reconhecer:

- Pele pálida, úmida, pegajosa e fria
- Orelhas, lábios e pontas dos dedos arroxeadas
- Suor na testa e nas palmas das mãos
- Fraqueza geral
- Pulso rápido e fraco
- Sensação de frio
- Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil
- Pupilas dilatadas, agitação, medo
- Muita sede
- Visão nublada
- Náuseas e vômitos
- Confusão mental
- Perda total ou parcial de consciência
- Aceleração dos batimentos

Como agir:

- Deite a vítima de costas. Afrouxe as roupas no pescoço, no peito e na cintura. Em seguida, verifique se há prótese dentária, objetos ou alimento na boca e retire-os.
- Eleve as pernas da vítima em relação ao restante do corpo com uma almofada ou qualquer outro objeto (se não houver fraturas ou ferimentos no tórax e na cabeça)
- Se ela estiver inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca ou pelo nariz, deite-a de lado, apoiada sobre o lado esquerdo
- Caso a vítima pare de respirar, inicie a respiração boca a boca. Coloque a cabeça dela para trás, para que a língua não bloqueie a passagem de ar e tampe as narinas dela. Sopre dentro da boca da vítima até ver o peito se mexer. Repita o procedimento até a emergência chegar
- Se a pessoa estiver fria, agasalhe-a
- Mantenha-a calma e observe se ocorre alguma mudança grande no estado da vítima para informá-la à equipe de socorro

DICAS PARA CUIDAR DE FERIMENTOS E HEMORRAGIA


FERIDAS




Existem dois tipos de feridas: as feridas visíveis causadas por um corte ou uma caída, e feridas causadas por batidas, que não mostram imediatamente signos esternos.
A gravidade da cada uma delas depende da sua localização e de sua profundidade.Podemos classificar as feridas em:


- Feridas incisas ou cortantes: provocadas por agentes cortantes, como faca, lâminas, etc. As características deste tipo de feridas são o predomínio do comprimento sobre a profundidade, bordas regulares e nítidas.
- Feridas corto-contusa: provocadas por um agente que não tem corte tão acentuado, a força do traumatismo acaba causando a penetração do instrumento.
- Feridas pérfuro-contusas: ocasionadas por arma de fogo, com posibilidade de existir dois orifícios, o de entrada e o de saída.
- Feridas do tipo escoriações: este tipo de lesão surge de forma tangencial à superfície cutânea, com arrancamento da pele.
- Feridas equimoses e hematomas: na equimose há rompimento dos capilares, mas sem perda da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade.



O tratamento de todas as feridas graves deve incluir medidas para prevenção ou redução um possível shock.



MEDIDAS A TOMAR

.....primeiro à fazer antes de desinfetar uma ferida é lavar bem as mão com bastante sabão e água....
Você poderá utilizar num curativo:
soro fisiológico para limpeza e como emoliente, soluções anti-sépticas; álcool iodado com ação secante e cicatrizante e o éter que facilita o trabalho removendo a camada gordurosa da pele.É necessário na hora de fazer um curativo: uma técnica asséptica no manuseio do material estéril; movimentos de execução, mobilização e imobilização segundo o caso.Existem diferenças dependendo no tipo de feridas, no caso das mordeduras por exemplo, não devem ser suturadas, pois existe a posibilidade de estar infectadas. Nas feridas por arma de fogo, deve-se lavar bem o interior do ferimento, antes de suturar, mas se houverem dois orifícios, um deles poderá ser suturado. Uma ferida causada por um prego deve ser limpada e não suturada, deve-se tomar cuidado com a profilaxia do tétano.


 Hemorragias

Os primeiros socorros para hemorragia causada por ferimentos na pele são:

Fazer um garrote amarrando um tecido limpo diretamente na ferida ou alguns centímetros acima da lesão;
Se for localizada no braço ou na perna recomenda-se mantê-la elevada para diminuir a saída de sangue;
Se a lesão for localizada no abdômen e não for possível fazer o garrote, recomenda-se colocar um pano limpo em cima da lesão e pressionar para que o sangue não saia.
Nunca retire o objeto que eventualmente esteja encravado no local da hemorragia, faça pressão ao redor, ou amarre algo a redor de forma a tentar minimizar o fluxo de sangue.


As hemorragias podem ser causadas por diversos fatores que devem ser identificados posteriormente, mas é vital que seja controlada para garantir o bem-estar imediato da vítima até chegar socorro médico profissional de emergência.


terça-feira, 1 de maio de 2018

SALVE SUA VIDA DICAS PARA NÃO LEVAR DESCARGA ELÉTRICA ?


Choque elétrico  




O corpo humano pode funcionar como um condutor elétrico. 
Quando o choque elétrico passa pelo corpo, pode causar desde um pequeno desconforto até uma fibrilação cardíaca, podendo levar à morte. Essas possibilidades variam de acordo com a intensidade de volts da corrente elétrica. 
Os efeitos dessa descarga dependem da intensidade do choque e da velocidade do atendimento.


Qual é o procedimento correto para os primeiros socorros de uma vítima de choque elétrico?

O primeiro passo para o salvamento da pessoa eletrocutada é cortar a corrente elétrica. Seja desligando a fonte de eletricidade (tirando o aparelho da tomada, desligando o interruptor, etc.) ou afastando a pessoa do objeto. Nunca entre em contato direto com a vítima, a empurre com alguma coisa esteja seca e que não seja condutora de eletricidade, madeira ou borracha são os mais aconselháveis, nunca use alguma coisa de metal.

Espere alguns segundos para começar o atendimento de primeiros socorros, enquanto aguarda acione um atendimento especializado. Cheque se a pessoa está respirando e com batimentos cardíacos funcionando. Se a respiração ou o pulso não estiverem funcionando corretamente, aplique as técnicas de ressuscitação com massagem cardíaca e/ou respiração artificial, a pessoa deve dominar essas técnicas para aplica-las. Quanto mais rápido for o atendimento, maior as chances da pessoa ser reanimada, se o socorro começar em um minuto, a vitima tem 95% de chance de reanimação, já se o atendimento demorar cinco minutos, a vítima tem apenas 25% de chance. Se a vítima estiver inconsciente, mas respirando e com pulsação, deve-se colocá-la em PLS (Posição Lateral de Segurança) e aguardar o atendimento.
 O Inem (Instituto Nacional de Emergência Médica, de Portugal) disponibiliza o procedimento no youtube.

Você não deve tocar na pessoa com as mãos nuas enquanto ela está em contato com a corrente elétrica. Não remova a pele, nem tente passar gelo ou colocar bandagens em caso de queimadura. Para evitar esses tipos de acidente faça revisões periódicas no sistema elétrico de sua casa, não utilize instalações elétricas clandestinas e previna acidentes com crianças: fios fora do alcance e protetor nas tomadas.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

O QUE FAZER EM CASO DE AFOGAMENTO?



Como prestar primeiros socorros em caso de afogamento 





Conhecer técnicas de primeiros socorros podem salvar vítimas e evitar acidentes. As principais vítimas de afogamento são crianças menores de seis anos e pessoas com mais de 45, principalmente homens. Dois em cada três afogados são do sexo masculino. 

O que é afogamento
O que não se deve fazer em caso de afogamento
Como atuar diante de um afogamento
Como salvar uma pessoa que se afogou
Como realizar respiração boca a boca em um adulto
Como fazer respiração boca a boca em uma criança
Como realizar uma ressuscitação cardiopulmonar em caso de afogamento
Veja também: Como proceder para salvar vidas em afogamento?
O que é afogamento
Um afogamento ocorre devido à irrupção brutal de água nos pulmões, o que impede a entrada de ar e provoca asfixia. O afogamento pode levar à morte. Na verdade, uma em cada quatro pessoas que sofre um afogamento morre. Infelizmente, a proporção de mortes por afogamento é ainda maior em crianças. 

O que não se deve fazer em caso de afogamento?

Não pule na água para resgatar a vítima sem pensar. Só entre no mar se você souber nadar e estiver em boas condições físicas. De preferência, informe a um salva-vidas sobre o afogamento. 
Como atuar diante de um afogamento
Primeiro, temos de tentar remover a pessoa da água sem se colocar em perigo. Em seguida, colocar a vítima em uma área que permita o suporte correto. Se você não sabe bem o que fazer, precisa procurar ajuda de outras pessoas e chamar os bombeiros, salva-vidas ou serviço de emergência. 
Como salvar uma pessoa que se afogou
Primeiro, você tem que verificar se a vítima está respirando. Para fazer isso, veja se o peito se infla ou não. Você também pode sentir a respiração aproximando sua bochecha perto da boca da vítima. Se a pessoa estiver respirando normalmente, coloque-a em posição lateral, por segurança, para que não sufoque caso comece a vomitar. É importante não tentar extrair a água nos pulmões, nem fazer a vítima vomitar. Peça ajuda em caso de imperícia, dúvida ou nervosismo. 
Como realizar respiração boca a boca em um adulto
A respiração boca a boca consiste em passar para os pulmões da vítima ar fresco através das vias aéreas do socorrista. Primeiro, incline a cabeça da vítima para trás e levante o queixo. Em seguida, coloque uma mão à frente e aperte o nariz com o polegar e o indicador. Com a outra mão, abre a boca. 

Em seguida, inspire normalmente, se incline sobre a vítima e cubra completamente a boca dela com a sua. Lenta e regularmente sopre ar para dentro da boca da vítima até que o peito infle. Certifique-se que cada insuflação dure cerca de um segundo. Comece com duas respirações boca a boca.


Se a vítima reagir, tossir ou se mover, continue a respiração boca a boca. Enquanto isso, mantenha a cabeça da vítima inclinada para trás e o queixo levantado. O próximo passo é verificar se o tórax da vítima diminui de tamanho quando expirar. Se ocorrer desta forma, inspire normalmente novamente e faça outra respiração boca a boca. 

Se a vítima não responder, realize dois ciclos de massagem cardíaca e respiração boca a boca durante um minuto e peça ajuda. Se possível, peça a alguém para chamar a equipe de resgate enquanto você continua fazendo técnicas de primeiros socorros até a chegada do resgate. 
Como fazer respiração boca a boca em uma criança
Incline a cabeça da criança para trás para que a língua não bloqueie o fluxo de ar. Em seguida, sopre na boca, apertando o nariz da criança. Você estará executando corretamente a insuflação se o tórax da vítima se inflar ligeiramente, sem excesso. A frequência deve ser de 15 a 20 insuflações por minuto. Se for um bebê, coloque dentro de sua boca o nariz e a boca do bebê e, em seguida, sopre e siga os passos acima. 

Como realizar uma ressuscitação cardiopulmonar em caso de afogamento?

A massagem cardiopulmonar consiste em comprimir o coração para manter a circulação sanguínea, alternando a respiração boca a boca e a compressão torácica. Se a vítima tiver menos de oito anos, o ciclo é de uma insuflação e cinco compressões. Se tiver mais de oito anos, o ciclo é de duas insuflações e 15 compressões torácicas. Em qualquer caso, peça ajuda ou chame uma ambulância rapidamente. Se não estiver sozinho, peça para outra pessoa pedir ajuda. Caso esteja sozinho, continue a executar as técnicas de primeiros socorros. 

quinta-feira, 26 de abril de 2018

O que é traumatismo na coluna vertebral?


Traumatismo na espinha



O que é traumatismo na coluna vertebral?

São as dores e lesões que ocorrem nos ossos, ligamentos e músculos da coluna vertebral.
Elas estão entre as doenças mais comuns da humanidade, pela nossa postura bípede (em duas pernas).

Causas

Praticamente desde o nascimento (a partir do momento que você começar a andar) e durante toda a vida que estamos fazendo coisas automáticas.
O manuseio inadequado dos objetos que levamos e posturas inadequadas que desenvolvem atividades de vida diária, podem causar dor ou lesões que nos incapacitam.
No corpo humano existem cerca de 206 ossos que formam o esqueleto, a tarefa de proporcionar maior resistência estrutural para proteger os órgãos vitais e servir como um ponto de ancoragem para os músculos.

Como parte do esqueleto encontramos a coluna dorsal ou coluna vertebral.
É pela superposição de trinta e três ossos chamados vértebras, separadas umas das outras por discos intervertebrais e mantidas juntas por ligamentos.
São inseridas nos músculos das vértebras de diferentes regiões que oferecem alta mobilidade à coluna, ao invés de servir o seu estojo de proteção para a medula espinhal e suas coberturas.
A coluna vertebral é um corpo forte e flexível essencial na manutenção do equilíbrio que desempenha um papel importante na mecânica de todo o corpo.
Embora a sua principal missão seja apoiar o peso do tronco, membros superiores e cabeça (transmitida através da pelve para os membros inferiores), não é um sistema rígido, mas é equipado com uma ampla mobilidade é a soma dos movimentos parciais que ocorrem entre cada par de vértebras adjacentes, auxiliado pelos discos intervertebrais, amortecedores da coluna.
A postura bípede (de pé), provoca tensões significativas nas costas, especialmente na altura da articulação lombar sacra ou dobradiça (onde se juntam a coluna lombar ao sacro), que juntamente com a falta de exercício, a movimentação de carga e longevidade humana, causa lesões dorsais.
Uma causa mais comum de lesões nas costas reside no acidente.

Sintomas

Traumatismo na Coluna Vertebral
De desconforto à dor livre verso da área afetada (mais comumente, lombar, é a lombalgia).
Rendimento de acordo com o ponto de vista e o resto.
Mais tarde, as dores referidas começam a aparecer (remoto) para o envolvimento dos nervos que saem da coluna, na maioria das vezes a um membro, geralmente da face posterior; é ciático.
Em uma etapa final, o envolvimento do nervo causa lesão permanente, aparecendo atrofia (perca de massa) muscular e déficits sensoriais. Lesões e são definitivas.
Fatores de risco
Obesidade.
Defeitos congênitos; muito comum, e geralmente escondida na área lombo sacra.
Muscular ou problemas de ligamento.
Sedentários.
A movimentação manual de cargas.
O trabalho em posições inadequadas.
Os veículos a motor (por lesões da coluna cervical), especialmente sem encosto.
Prevenção
A maioria dos acidentes que ocorrem nas nossas costas seria evitável, seguindo algumas regras básicas sobre as nossas posições e cuidados mínimos no manuseio de cargas.
Na movimentação de cargas:
A primeira e mais importante é pensar antes de agir.
Antes de efetuar qualquer manipulação (levantar um objeto do chão, mudar alguma coisa de lugar) deve ser claro o que fazemos e qual é a forma mais segura de realizar, avaliar o peso e decidir se somos capazes de fazer ou devemos pedir ajuda.
Ambos, quando de pé ou sentado ou de elevação, é importante manter a linha reta para trás fazendo com que a distância entre a cabeça e os pés seja maximizada.
Devem ser as pernas e o tronco que levantem o objeto pesado. Assim flexione as pernas para pegá-lo com as mãos, mantendo as costas retas.
Você deve executar uma presa coerente quanto possível, para alinhar o corpo objeto.
Manter uma boa base para isso, separe os pés.
No local de trabalho, adote uma legislação específica sobre a movimentação manual e orientações técnicas sobre a execução da mesma.
Outras atividades da vida diária em que se assuma uma posição correta.
Escrevendo em uma mesa.
Engomar.
Sentado em uma poltrona ou sofá.
Pegar uma criança.
Encontrando um objeto em prateleiras altas.
Fazer camas e banheiros.
Com um saco de compras ou saco pesado.
Diagnóstico e tratamento


Diagnóstico:  

Diagnóstico é baseado na sintomatologia e exame clínico.
Em casos avançados, em que as lesões devem ser excluídas dos discos intervertebrais, as raízes nervosas ou da medula espinhal em si, são usados para outras explorações, tanto morfológicos (raios-X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e funcional (EMG).
Tratamento:
O ataque agudo de tratamento inclui repouso, calor local, analgésicos (dor), anti-inflamatórios e relaxantes musculares pode ser complementada por fisioterapia.


A prevenção de novos episódios incluem:

Medida postural como o endurecimento do colchão cama ou evitar o mau posicionamento em cadeiras, sofás e mesas.

Medidas de fortalecimento muscular através de exercícios para aumentar a musculatura abdominal e lombar.

Medidas de relaxamento e alongamento.
Evitar esforços prejudiciais para as costas, como discutido na seção sobre a prevenção.
Nos casos mais avançados, refratários ao tratamento e analgésico, é passado para medidas mais invasivas, entre as quais podem incluir, pelo menos para a mais invasiva:
Métodos de estimulação elétrica, e como um relaxante muscular e como um antálgica.
Eficaz com a boa técnica, mas muito difundido e nem sempre resolve o problema.
Infiltração na base dos nervos afetados ou dor em pontos específicos.
Envolve a injeção usando uma seringa e agulha de injeção intramuscular de solução anestésica e anti-inflamatória.

Ele apresenta mais perigos e as consequências que as injeções normais.
Se a origem da lesão é uma hérnia de disco (protusão do teclado que separa as vértebras para fornecer flexibilidade e mobilidade da coluna), existem muitos métodos cirúrgicos para removê-la, ou se dissolvem quando afetam nervo ou medula espinal
Possíveis complicações
O perigo fundamental para a região lombar que está afetando os nervos ou lesões da medula espinhal que pode ser definitiva.

Prognóstico
As lesões iniciais podem ser completamente curadas, se tratadas adequadamente nas costas.
Quando as lesões se tornam crônicas, sua solução é muito mais difícil.
Finalmente, quando é uma lesão do nervo, que produz anomalias do nervo, geralmente é irreversível, embora você possa continuar piorando.